O Espetacular Homem-Aranha


A pergunta recorrente durante a sessão de “O Espetacular Homem-Aranha” é: "por quê?". Dez anos depois do primeiro longa-metragem de Sam Raimi, os produtores decidiram reinventar a série e contar novamente a história do super-herói mais popular da Marvel. O novo projeto acaba encontrando obstáculos justamente por ser praticamente uma repetição do filme de 2002.

Desentendimentos entre o diretor Raimi e os produtores Avi Arad e Matt Tolmach inviabilizaram a realização de “Homem-Aranha 4”. Para dar continuidade a uma franquia de alto retorno financeiro para a Sony, os produtores aproveitaram a onda da reinvenção de Batman, por Christopher Nolan, e apostaram em fazer o mesmo com o aracnídeo.

Ao contrário da nova cara que Nolan imprimiu em sua trilogia, o diretor Marc Webber, do ótimo “(500) Dias com Ela”, reproduziu praticamente a mesma história com a mesma abordagem, unindo ação, romance e humor. Sem injetar a personalidade tão necessária. Então, assistimos novamente Peter Parker ser picado por uma aranha e descobrir seus poderes. As semelhanças entre os dois filmes são absurdas, até os créditos iniciais são idênticos.

O argumento de marketing insistiu que essa versão seria mais fiel aos quadrinhos, sugerindo no cartaz que é “a história não contada”. De modo geral, troca-se o vilão Duende Verde pelo Lagarto e o par romântico Mary Jane por Gwen Stacy (Emma Stone). A principal novidade é aparição dos pais de Peter, interpretados por Cambpell Scott e Embeth Davidtz. 

O melhor do filme, sem dúvidas, é Andrew Garfield como o super-herói. O ator convence na pele do Aranha e tira de letra a missão de substituir Tobey Maguire. A versatalidade de Garfield funciona tanto nos momentos em que se apresenta de nerd sofredor de bullying como quando veste a fantasia e assume a segurança em usufruir de seus poderes.

Ainda assim, “O Espetacular Homem-Aranha” encontrá resistência por ser um remake recente que não apresenta resultados significantes em sua reinvenção. A pergunta “por que assistir tudo de novo?” pode ser respondida após os créditos finais. Esse primeiro filme preparou terreno para as próximas aventuras do personagem. A intenção dos produtores é realizar no mínimo uma trilogia e explorar inúmeros elementos que os anteriores deixaram de lado.

Apesar de assistir mais uma vez a origem do super-herói, o novo longa-metragem não é ruim. Diverte como passatempo e encontra seu público principalmente nas crianças e adolescentes. Comparado com o primeiro “Homem-Aranha”, perde em não ter uma trilha sonora empolgante e cenas marcantes, como o personagem aprendendo a escalar os prédios de Nova York ou o clássico beijo na chuva e de ponta cabeça. Devem ficar para os próximos filmes!

Nota: 7,1

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