Noivas em Guerra


Emma e Liev cresceram juntas como melhores amigas e desde pequenas sonham em realizar seus respectivos casamentos no mês de junho no luxuoso Hotel Plaza. Por ironia do destino, as duas são pedidas em casamento na mesma semana. A confusão inicia quando a secretária da planejadora de casamentos confunde as datas e marca as duas festas para o mesmo dia. Sem querer desistir e perder a chance de concretizar o sonho de casar no badalado salão, as “amigas” passam a competir pela melhor cerimônia numa guerra em que a baixaria não possui limites.

Transvestida de comédia, “Noivas em Guerra” tenta despertar as risadas no público através das sacanagens que uma apronta para a outra. Essa jogada não é bem sucedida porque em cada ação maldosa das jovens permanece um sentimento de arrependimento e a sensação de desconforto ao constatar que a amizade está sendo destruída. Justamente por isso que quando este sentimento é resgatado no final existe nele uma veracidade importante.

Este é um filme exclusivamente feminino, desde o tema casamento até as cenas de despedida de solteiro em clube das mulheres e brigas pelo melhor sabor de bolo. Qual homem possui paciência para discussões como estas? O único fator que talvez chame a atenção da platéia masculina são as presenças (histéricas) de Kate Hudson e Anne Hathway. O diretor Gary Winick sabe que sua história é extremamente superficial e para amenizar o enfraquecido conteúdo procura dar maior destaque para a poderosa amizade das garotas. Ele também acerta ao promover agilidade e certa graça para a óbvia narrativa, finalizando seu projeto com menos de uma hora e meia. “Noivas em Guerra” não é inteiramente sofrível, longe disso, é apenas banal.

Nota: 6,0